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Verão no Chile

Termas da Colina

Eu já tinha minhas férias agendadas para inicio de Janeiro quando aparece uma super promoção de voo para Santiago. Pensei… hum passar o verão no Chile??? Nunca tinha visto promoção tão boa assim para Janeiro, mas já sabia que as manifestações recentes no país era o motivo. Elas acabaram por afugentar os turistas, então as promoções aparecem, a tal lei de oferta e procura.

Encarei sem medo e com muita alegria de poder carimbar mais um país no passaporte, meu e do João que ganhou seu 4º carimbo! 🇨🇱

A sorte foi tão grande que os voos @latamairlines nem de madrugada eram, só tinha que viajar com a mala de cabine 10kg para cada um, mas como era verão não passou de 6kg. Ah e ainda sentamos na janelinha ida e volta admirando os Andes de dia. Para completar tivemos “jantar” ( prato quente com direito a sobremesa) nos 2 voos e nem um minuto de atraso. Acredito que sou pé quente e só posso agradecer!!!

6 Dias de Santiago e arredores, foi um ótimo período. É claro que sempre fica faltando alguma coisa e o João já disse que volta no inverno para ver as montanhas todas Branquinhas!

O Roteiro

Dia 1:

Começamos nossas férias de verão no Chile literalmente pelo começo. Ou seja, com aquele City Tour básico para conhecer um pouquinho sobre a história e as curiosidades do País, sempre recomendo! Foi meio período e por ser domingo fluiu super bem o trânsito pelo centro. 

Parque Bicentenário


O tour terminou no parque Bicentenário no bairro Vitacura. Mas como a van iria voltar para o centro o motorista ofereceu para deixar em outros pontos da cidade. Então pedi para nos deixar no bairro Lastarria no centro. Depois de andar pelas ruas do bairro e comer uma empanada, pegamos o metrô até a estação Quinta Normal. Lá fizemos um típico passeio dominical no parque de mesmo nome da estação de metrô, o Quinta Normal, é um parque enorme e abriga alguns museus.

O primeiro que visitamos foi o Museu Histórico Natural e gostamos! O segundo, já do lado de fora, só atravessar a avenida, foi um museu bem interessante para a criançada, o Artequim. O prédio dele em si já é uma atração!!!


De volta ao parque, vimos muitas barracas de comidas de rua, quase uma feira. Tem chafariz para as crianças se refrescarem, lago com pedalinho, tudo que você precisa num lindo domingo de sol de verão no Chile! 


Ah não pode faltar o refresco típico de lá, o Mote com Huesillo. É uma bebida à base de pêssego e trigo que vem um pêssego dentro para você comer também, bem diferente e super docinho.

Dia 2:

Fomos para o litoral

Valparaíso: importante cidade portuária. Patrimônio cultural da humanidade e símbolo para a vida política do país já que o congresso Nacional do Chile fica lá. O recomendado é fazer o passeio com um bom guia para aproveitar bem e apreciar a arte de rua escutando a história local. É lá também que fica uma das casas do poeta chileno Pablo Neruda. Mas como era segunda-feira, dia que fecha todos os museus do país, não conseguimos visitá-lo.


Andamos um pouco pelos morros (Cerros como é chamado lá) e depois com a van fomos ver os leões marinhos, pelicanos, gaivotas e outros animais que rodeiam os pescadores, o mercado de peixes não é um lugar bonito, muito menos cheiroso, mas a praia e todos esses pássaros  pertinho é bem legal, conseguimos ver os leões marinhos na pontinha da praia. 


Seguimos com o tour até Viña del Mar, grudadinha de Valpo (como os Chilenos carinhosamente chamam a cidade de Valparaiso). Parece uma cidade mais moderna, com ruas mais largas e cheias de flores. Inclusive o famoso relógio de flores com o nome da cidade é um lugar disputadíssimo para fotos!


Paramos para almoçar de frente para a praia Reñaca. Depois do almoço caminhamos na praia e molhamos os pés no mar do Pacifico, água mega friiia e areia  bem quente, fui na fé de mar gelado = areia fresquinha e me dei mal. Isso só acontece no verão, o dia estava super ensolarado, tinha até uns corajosos no mar.


Chegamos em Santiago no final do dia e deixando os turistas hospedados no centro nos deparamos com as manifestações que ainda ocorriam na cidade,  com dia, local e hora certa, todo fim de tarde na Plaza Itália, que até já reivindicavam mudar de nome para Plaza de la Dignidad, as sextas-feiras o movimento era ainda maior. 

Dia 3:

Tour pelos Andes

Com direito a estrada com 29 curvas cheias de muita beleza e uma lagoa natural incrível


Esse é o passeio à Portillo no verão, onde  podemos chegar bem pertinho da lagoa del Inca e curtir alguns momentos de puro contato com a natureza. Ah vem uma sensação tão gostosa, uma gratidão imensa de poder ver e sentir isso tudo.


O recomendado é fazer esse passeio através de uma agência com guia e principalmente motorista especializado, essas estradas não são para qualquer um! 


Antes de chegar às belezas naturais, o guia conta um pouco da importância dessa estrada. Para isso faz uma parada no lugar que ocorreu uma batalha importante para o início do processo de independência do país, a batalha de Chacabuco.
Também fizemos paradas importantes para foto: como ter um pedacinho da Argentina na foto representado pela montanha mais alta fora da Ásia, o Aconcágua e a Placa:  Bem Vindos a Santiago quase na divisa com a Argentina.


Na volta de Portillo fizemos uma parada em um restaurante bem turístico. O lugar é bonito porém não fui muito com a cara da comida, além de ser cara. Optamos por comer uns snacks que tínhamos conosco (andamos sempre com lancheira abastecida, água geladinha, suco, bolachinhas, batata).

Chegamos de volta a Santiago por volta das 15h, então aproveitamos para nos abastecer. Fomos no supermercado famoso, o Jumbo. Esse que visitamos fica dentro do Costaneira Center (era o maior edifício da América do Sul até a recente inauguração do prédio em Camboriú aqui no Brasil). Gente o mercado leva a fama por ser imenso e muito bem organizado, porém não é barato não, nos mercados menores conseguíamos preços melhores!

Dia 4: 

Batendo perna em Santiago!

Não dá para ir a Santiago e não visitar os cerros San Cristóbal e Santa Lucia.
Fizemos tudo no mesmo dia e andamos um tantão. Usamos também  o metrô que é super tranquilo, tem várias linhas que te levam a quase todos os pontos turísticos da cidade, é seguro e limpo.

Começamos pelo teleférico que leva até o Cerro San Cristóbal, a estação do teleférico fica em Providencia perto do nosso hotel e fomos caminhando. A subida de teleférico leva em torno de 10 minutos, na bilheteria você já pode comprar os ingressos de ida e volta. Eles podem ser combinados ou não com o funicular. A estação do funicular é no Bairro Bela Vista, próximo ao centro. Fizemos assim, combinando teleférico na ida com funicular na volta. Depois do passeio pelo cerro e fotos nos mirantes, descemos de funicular.

O Outro Cerro, Santa Lucía, é um marco histórico na cidade. Foi aos seus pés que foi fundada oficialmente a cidade por Pedro de Valdívia que também rebatizou o monte. É um parque bem arborizado no centro da cidade, a subida é feita caminhando mesmo, mas é um passeio agradável!


Na frente do parque tem a feira de Santa Lucía, ótimo lugar para compras de souvenirs. 


Dia 5: 

O passeio mais esperado pelo João:

Cajon del Maipo com Termas da Colina. Eu estava um tanto receosa pensando na logística toda, vai de roupa de banho por baixo? Se troca lá? Tem armário para guardar as mochilas, onde deixo o passaporte e dinheiro ( ando sempre comigo, não confio no cofre do hotel, quando tem né?).

Então deixei para fazer no último dia que teríamos lá, com a ideia que ele fosse desistir por estar cansado. Mas ele insistiu e disse que tudo bem acordar às 5h para ir ao passeio. Isso mesmo, a maioria dos passeios saem bem cedinho, para chegar cedo no local e evitar multidões. Também para chegar fora do horário de pico em Santiago na volta. 


Por isso, sempre fazem a primeira parada para um café da manhã no meio do caminho para aqueles que não conseguiram tomar no hotel. Nesses lugares o café da manhã é bem carinho e sem nada de especial na comida. Vale a pena perguntar no hotel se eles não tem um kit café da manhã para viagem. No hostel que ficamos deixaram o nosso café da manhã pronto na geladeira. E no outro hotel, o café da manhã foi deixado na tarde anterior em nosso quarto. Colocamos na lancheira e lá fomos nós para o passeio economizando alguns pesos!!!


Neste tour a parada para café foi em uma espécie de “hotel”. Tem chalés para locação, uma mini fazendinha com lhamas, carneiros, cabras, pavão e outros.


Fizemos outras paradas no caminho para fotos e explicações geológicas e históricas. Não pode faltar a foto com o vulcão San José ao fundo, um dos milhares de vulcões do país!


No verão no Chile essas estradas ficam movimentadas por conta da mineradora de gesso que trabalha na retirada do material.  No inverno o trabalho é refinando o gesso.

Chegamos às Termas por volta das 11h e já havia algumas pessoas lá, mas na hora de ir embora já estava bem mais cheio. Lembra da minha preocupação com a logística? Então, eu tinha razão! É tudo bem precário por lá, banheiro horroroso, falta papel, não tem onde deixar as coisas, enfim o ideal é já ir com a roupa de banho por baixo e  só tirar a roupa lá, e isso já é uma missão difícil, pensa no frio 8/10º e você só de biquíni! Esse é um passeio que só acontece no verão.
Anda-se um tanto no terreno bem irregular ( para ajudar esqueci de levar chinelo 🤦‍♀️) e ainda carregando sua mochila pois não tem armário para guardar suas coisas.


Perrengues à parte… são 7 piscinas que vão variando a temperatura. A última é a mais fria por volta dos 30º e vai subindo em média 5 graus em cada uma. A primeira chega a 60º é a mais quente.

O guia explica que não deve passar de 15 min em cada uma. Pois como é cheia de minério você começa a sentir o seu corpo pesado. 


Aí você pensa como sair de uma, pegar o frio lá fora e ir para a outra? Na coragem mesmo!  O incrível é que você só sente essa diferença na troca da primeira, depois o corpo acostuma e você troca numa boa. 
No final o guia orienta tomar uma ducha para tirar o minério do corpo, mas a tal ducha é friaaaaaaaa, não tive coragem.

A gente ficou lá por volta de 1hora, e no caminho de volta você sente uma “lesera”, um cansaço e uma baita fome.
O passeio termina com um piquenique, algumas agências fazem lá mesmo no Termas. O nosso fez no mesmo lugar da parada do café da manhã, tem mais estrutura mas não fica com cara de um piquenique rústico.


Mesmo com os perrengues, que nas fotos não saem e pareço plena, mesmo de vestido no frio de 10º, é um passeio diferente. O contato com a natureza, as imagem fascinantes, João acertou em cheio!


Dia 6:

Hora de voltar para casa.

Mas ainda deu tempo de visitar uma das casas de Pablo Neruda, a que fica em Santiago, La Chascona. Adorei conhecer a história desse poeta revolucionário. Não deixem de conhecer!

Viagem em Janeiro 2020

Um comentário

  • PAULO ROBERTO BAFFI

    Que legal, adorei a disposição de vcs. Mas me parece bem possível essa aventura. O Chile realmente é um lugar legal, bem bonito, sua cultura e etc e até diria bem econômico esse tipo de passeio.

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